Na cultura, faz-se necessário um olhar de cuidado, carinho, valorização e incentivos financeiros. Ela é o cartão postal de uma cidade, mas muitos não percebem sua importância. Infelizmente, com o advento da Covid-19, muitos setores perderam espaço. Por isso, a análise e as estatísticas apontaram essa necessidade, e a atual gestão federal aprimorou e deu continuidade às leis de fomento à cultura, como a Lei Paulo Gustavo e a pioneira Lei Aldir Blanc. A Lei Complementar nº 195/2022, Lei Paulo Gustavo (LPG), destina recursos financeiros da União ao setor cultural do Brasil. Já a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), instituída pela Lei nº 14.399, de 8 de julho de 2022, busca fomentar a cultura até 2027, auxiliando artistas e fomentadores culturais, através do recursos federais, que são repassados para os municíos e para os Estado que também fazem a seletiva de projetos e contratos dos mesmsos. Além de melhorias nas casa de espetáculos.
Muitos julgam esses investimentos como banais. Contudo, essas pessoas desconhecem as dificuldades, desafios e resiliência dos guerreiros que promovem a cultura. São desbravadores que enfrentam enormes obstáculos para manterem vivas as artes. Interessante é observar que, embora artistas locais muitas vezes não sejam valorizados, quando ocorrem festas com artistas renomados, esses mesmos críticos estão lá, tirando fotos e pedindo autógrafos. Enquanto isso, os artistas locais passam o ano inteiro se apresentando em barzinhos para divulgar sua arte, ou artesãos dedicam horas a criar peças únicas, enfrentando cortes nos dedos e vista cansada. Curiosamente, essas mesmas pessoas que desprezam os talentos locais compram artesanatos em grandes cidades ou países e os exibem como símbolos culturais, mas não adquirem nada produzido em sua própria comunidade.
As leis de incentivo são um divisor de águas para direcionar e fortalecer os fomentadores que vivem ou sobrevivem da arte. Essas leis chegaram a Gandu e a várias outras cidades do Brasil que estavam aptas a receber os recursos, o que inclui a necessidade de um conselho de cultura ativo e participativo. Este ano marca o terceiro ciclo desde o surgimento dessas leis durante a pandemia, com Gandu incentivando os artistas locais a se inscreverem. Após responderem a um questionário virtual, encaminharem documentos e projetos e aguardarem a classificação por uma bancada avaliadora, os selecionados precisam enviar mais documentações. Uma vez aprovados, estão aptos para que a prefeitura, através da Secretaria de Cultura, contrate os projetos.
No último dia 26 de dezembro de 2026, dezenas de fazedores de cultura de Gandu – entre veteranos das edições anteriores e iniciantes que antes não tinham conhecimento ou não acreditavam na iniciativa – tiveram seus projetos avaliados e aprovados. Nesse mesmo dia, os contratos foram assinados, garantindo-lhes o direito de colocar seus projetos em prática ou dar os primeiros passos para realizá-los. Devido às demandas, esses fomentadores receberam recursos que variam entre R$ 2.654,00 e R$ 50.000,00, destinados a entidades como a Cultura Viva, que realiza ações continuadas dentro e fora do município. Esse fomentadores receberão os incentivos financeiros no dia 31 de dezembro de 2024 e terão até o dia 01 de setembro de 2025 para realizarem as ações contrtadas.
Aguardem os grandes espetáculos!
Redação da Rádio e Tv Web Gandu da Gente
Imagem: ASCM de Gandu (fotográfo Léo)
